domingo, 21 de novembro de 2010

Em MS, carne sobe 35% em apenas 3 semanas

Por Midiamax

O churrasco de domingo ou a mesmo a “mistura” do dia a dia está de 15% a 35% mais cara. É o preço da carne que subiu aqui em Mato Grosso do Sul, embora o Estado possua o status de uma das maiores regiões do Brasil em produção bovina.

Nas distribuidoras, açougues e lanchonetes que servem a carne os preços subiram a números considerados absurdos pelos comerciantes.

A explicação seria o clima seco, falta de pastagens e redução nos abates de animais.

O preço disparou nas últimas três semanas. “É uma cadeia de preços que sobe”, explica Evilásio Duarte, da Distribuidora de Carne. Segundo ele, os preços aumentaram consideravelmente e chegou até o consumidor final. “Chegamos a pagar R$ 100 na arroba da vaca, no valor que antes era R$ 87. Hoje (19) especificamente pagamos R$ 95”, enumera o atacadista.

Segundo Evilásio os cortes que mais aumentaram foram as carnes “nobres”, como contra-filé, alcatra, coxão mole, filé mignon e picanha. “Antes, a dona de casa pagava R$ 12 no quilo de carne de primeira, hoje, está R$ 15 a R$ 19 nos açougues”.

As reclamações são constantes. “Vendemos em atacado, então o comerciante reclama do preço e diz que a carne não está pagando a despesa, mas ao mesmo tempo não dá para ter um mercado sem carne e a venda caiu bastante”, reclama ele.

No açougue, o lamento é o mesmo. E já tem até gente trocando a carne bovina por outras opções. “Com o aumento do preço da carne, agora o pessoal compra mais frango e churrasco, carne vermelha mesmo só no domingo, que aqui ninguém fica sem churrasco”, brinca o açougueiro Ademar Mendes, 37, açougueiro.

De acordo com ele, aos finais de semana, a carne mais vendida para o churrasco é a ponta de costela a R$ 14,99 o quilo.

Matemática da carne

Com o aumento do preço dos cortes nobres, a carne de 2ª começa a ser mais consumida com mais frequência. “Mas as pessoas se enganam achando que a carne de outros cortes está mais barata, pois para alavancar a venda e correr atrás do prejuízo os comerciantes acabam elevando o preço desses cortes também”, explica Evilásio.
Alessandra de Souza

Essa é a matemática da carne, que chega também nas lanchonetes e bares. Na sobaria do comerciante Sergio Sampei, o espetinho de contra-filé passou de R$ 10 para R$ 12. “Eu relutei em subir o preço para os clientes, mas chegou um momento que não deu. A carne subiu várias vezes e fica difícil trabalhar”, justifica Sergio.

Segundo Sérgio, apesar do aumento os clientes não reclamam. “O pessoal consome carne em casa, vai ao açougue e sabe que subiu mesmo, então o cliente não reclama muito não. A maioria entende”, garante o comerciante.


Fotos: Divulgação Internet

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