domingo, 21 de novembro de 2010

Bairro próximo à Avenida Costa e Silva é alvo constante de assaltos

Por Campo Grande News

Na Vila Olinda, em Campo Grande, é difícil encontrar um morador ou comerciante que não tenha passado por alguma situação de violência. Na maioria dos relatos, assaltos ocorreram recentemente, o que preocupa ainda mais quem vive ou trabalha na região.

Várias são as explicações das vítimas para o problema. As respostas variam desde a presença concentrada de estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que atrairia os ladrões, até a localização do bairro, cercado por grandes avenidas que levam até vários pontos da cidade e facilitam a fuga.

Há dois meses o empresário Alexssandro Silva Souza, de 36 anos, teve o lava-jato onde funciona um correspondente Pague Fácil invadido. O prejuízo foi de R$ 9.115,00.

O ladrão chegou quando Alexssandro tinha saído para entregar um carro e o comércio já estava com as portas fechadas. Ele rendeu a mãe do proprietário e ameaçou matá-la se não entregasse o dinheiro, e fugiu em seguida. “É muito revoltante”, desabafa o empresário.

Depois disso ele pensa em fechar o correspondente de pagamentos e explica que após um assalto fica a sensação permanente de insegurança. “Você fica neurótico, a qualquer hora pode acontecer de novo”, afirma.

Alexssandro toma vários cuidados depois do assalto, mas reclama que a localização do bairro não ajuda porque o local fica desprotegido com tantos acessos. Seu comércio fica na rua Montese, a principal do bairro, ao lado da avenida Costa e Silva.

Próximo dali uma padaria e um cyber também foram assaltados há alguns meses, conta ele. “Viatura da Polícia quase não passa aqui”, reclama.

Dono de uma oficina mecânica na Vila Olinda, Ney Carvalho, de 42 anos, diz que não foi roubado por sorte, porque os comércios na região são constantemente invadidos.

Para o dono da oficina, os bandidos saem de outros bairros para roubar e usar drogas em pontos menos movimentados do bairro.

Estudantes - Carvalho acredita que o motivo de tantos assaltos seja a grande quantidade de estudantes que moram no bairro. “Eles são alvo dos ladrões, que vêm para roubar notebooks e entrar nas kitinets”, detalha.

A universitária Catarine Moscato Sturza, de 22 anos, é uma das vítimas da ação dos bandidos. Ela conta que já foi assaltada três vezes desde que se mudou para o bairro, há quatro anos.

Na última delas, em setembro deste ano, os bandidos a abordaram na rua e levaram sua bolsa contendo parte da monografia, que teve de ser refeita. A estudante revela que as invasões a residências também são constantes.

Na semana passada, o vizinho da casa ao lado foi assaltado e depois disso a vizinhança decidiu trocar telefones para vigiar as casas uns dos outros.

Além do cuidado entre os moradores, que Catarine chama de ‘política da boa vizinhança’, a casa onde mora tem grades nas janelas e cerca elétrica. “Não tinha, pedimos para o dono colocar”, ressalta ela ao lembrar das medidas que tem que tomar para garantir a segurança no local


Foto de: João Garrigó
Legenda da foto: Dono de oficina acredita que estudantes do bairro sejam "alvos" dos ladrões

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