quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Donos de financeiras dizem que decreto de Puccinelli pode provocar 3 mil demissões

Por Midiamax

Ao menos 200 pessoas, entre elas empregados e donos de financeiras, já se concentram em frente ao prédio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Elas promovem nesta quarta-feira (17) um ato contra a decisão judicial que, por solicitação do governo estadual, determina que os empréstimos consignados em folha dos servidores seja uma operação exclusiva do Banco do Brasil.

Para os protestantes, a medida deve motivar o fechamento da maioria das financeiras, cuja clientela é quase toda formada por servidores estaduais. Cálculos dos representantes das empresas de crédito, disseram que a imposição estadual põe em risco 90% dos cerca de 3 mil empregados no setor.

O domínio absoluto do Banco do Brasil acerca das contas do governo, folha de pagamento um deles, começou no início deste ano por meio de um decreto criado pelo governo estadual.

As financeiras reagiram e moveram uma ação contra a regra. O TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS) acatou a reclamação, mas na semana passada o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu os efeitos da decisão da corte estadual.

A ideia do manifesto de hoje é “sensibilizar os deputados e a sociedade”. Janaína Bernardo, uma das representantes das financeiras, disse que o protesto é um meio de atrair o apoio dos parlamentares e por fim ao que ela chamou de “monopólio do Banco do Brasil”.

Ela chorou ao discursar no plenário. “André, no mês passado o senhor nos pediu votos, agora queremos trabalhar”, disse ela ao reproduzir uma frase escrita numa das faixas carregadas por empregados das empresas de crédito.

Suelen Guarente, 18, funcionária há 8 meses de uma das financeira disse estar assustada com a ameaça do desemprego.

Marlan Carvalho Silva, 29, que toca uma financeira há três anos e emprega dois funcionários, disse que com a manutenção da decisão do STJ, ele pode perder 80% dos clientes. E, segundo ele, isso o conduz a dois pontos negativos: demitir os empregados e fechar a empresa.

Os donos das empresas de crédito disseram ainda que o decreto tira do alcance ao crédito ao menos 60% dos servidores estaduais.

Isto porque, segundo os empresários, o Banco do Brasil restringe os empréstimos aos correntistas com o nome sujo na praça. Já as financiadoras desprezam tal condição, afirmaram os manifestantes.


FOTO: Alessandra de Souza

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