sábado, 28 de maio de 2011

Atrás de pistas, família e parentes de jovem desaparecida promovem ato na Capital

Os familiares de Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, desaparecida há uma semana, estão na manhã desta sábado (28) com camisetas com fotografia da jovem e distribuindo panfletos na região central da Capital. A movimentação que está sendo realizado no cruzamento da Rua 14 de junho com a Avenida Afonso Pena reúne cerca de 40 pessoas. A jovem trabalhava de segunda-feira a sexta-feira como secretária num escritório de advocacia em Campo Grande.

Segundo a mãe de Marielly, Eliane Barbosa, 39 anos, a filha desapareceu no sábado (20) após sair de casa no bairro Jardim Petrópolis, em Campo Grande, a jovem iria encontrar uma amiga e, após isso, ficaria com o namorado, Willian Barbosa, 25 anos.

O namorado da jovem disse que, no sábado, ela, por mensagem de celular, avisou que sairia com uma amiga e que a bateria do telefone havia acabado.

Apenas por volta das 22 horas, a família constatou o desaparecimento da jovem, pois até então achavam que ela estava com o namorado Willian. Desde então, o telefone da jovem está desligado e não recebe ligações.

O amigo da jovem desaparecida, José de Oliveira, 43 anos, disse que se Marielly tivesse visto o apelo da família nos meios de comunicação ela já teria entrado em contato. Ele argumenta ainda que o bairro onde moram não é violento e não seria caso de sequestro ou estupro em razão da tranquilidade do bairro.

Eliane Barbosa, a mãe da desaparecida, desabafou dizendo que não vai ao trabalho desde que a filha sumiu e mal consegue se alimentar. Ela informou que a filha saiu de casa apenas de short e chinelos e com o celular com pouca bateria.

O pai de Marielly, Marcos Antônio Rodrigues, 39 anos, que mora em Alto Taquari, em Mato Grosso, veio para Campo Grande no dia seguinte após o desaparecimento da filha.

Ele explica que esteve há 50 dias em contato com a filha quando ela esteve cuidando dele após uma cirurgia. Ele informa que quase todo dia conversava com a filha. “Eu não consigo imaginar o que aconteceu com ela. Estou transtornado com a situação”, explica.

A mãe de Marielly agradeceu o empenho das policiais Civil e Militar e da imprensa que está divulgando o desaparecimento da filha. Ela pediu para que a população ligue para os telefones 3318 9000(Cepol) ou para o telefone de sua casa 3391 8182.

Eliane Barbosa pede que as pessoas não liguem fazendo trote, pois ela já recebeu algumas ligações com informações falsas sobre o paradeiro da filha.

Questionado sobre a prisão de duas pessoas que supostamente estariam envolvidos com o desaparecimento de sua filha, ela explica que tomou conhecimento apenas pela imprensa e não foi procurada pela delegado que cuida do caso.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fabiano Nagata, as investigações estão sendo intensificadas pelas ruas de Campo Grande, mas ainda não há pistas sobre o paradeiro da jovem.

Fabiano explica que várias pessoas já foram ouvidas, graças as denúncias da população que constantemente liga para dar pistas. “Algumas ligações são trote, mas é importante as pessoas ligarem no intuito de ajudar”, destaca.

O delegado ainda disse que suspeitos já foram interrogados, mas por não haver provas o processo corre em segredo de justiça.





Por Midiamax

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pecuarista de MS quer delação premiada, aponta investigação em Campinas

O caso Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), que abalou a estrutura político administrativa da cidade de Campinas (SP) na semana passada, também mira o pecuarista e empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bumlai é citado como alvo de investigação no relatório de 408 páginas sobre o suposto esquema de corrupção e mensalinho da Prefeitura de Campinas, segundo informações de matéria publicada pelo Estado de São Paulo.

Conforme o Estadão, o pecuarista é apontado como elo da empreiteira Constran com diretores da Sanasa, empresa responsável pelo planejamento, execução e operação dos serviços de água e esgoto da cidade. Bumlai teria admitido a possibilidade de fazer delação premiada para "proteger Lula".

O nome de Bumlai é mencionado na interceptação telefônica de um diálogo entre um advogado e Luiz Augusto Castrillon de Aquino, ex-diretor presidente da Sanasa, foco do desvio de verba em Campinas, segundo a promotoria. À página 271, o relatório destaca que, em 26 de abril, Aquino conversa com o advogado após reunião com um homem chamado de Ítalo Barione.

"De acordo com Luiz Aquino, Ítalo Barione estaria colhendo informações, a pedido do próprio José Carlos Costa Marques Bumlai, para viabilizar a formalização, junto ao Ministério Público, de delação premiada em favor dele", diz o documento.

"Inclusive, Aquino relata que Bumlai teria intenção de proteger Lula". Ao resumir a conversa, a promotoria afirma: "Aquino diz que Bumlai quer fazer acordo e ‘o que ele puder fazer para proteger Lula, tudo bem’".

Ainda conforme a notícia divulgada pelo Estadão, para os promotores, "o teor do diálogo é totalmente pertinente". Eles falam das relações do sul-mato-grossense Bumlai e Lula. "O empresário talvez tivesse a preocupação de não propiciar uma exposição negativa em razão da amizade de ambos”.

No mês passado, outra publicação do Estadão apontava que Bumlai fora intimado pelo Ministério Público de São Paulo para falar sobre sua relação com possíveis fraudes em contratos da Sanasa.

Outro lado - Em entrevista ao Campo Grande News, Bumlai nega as acusações. “Estou surpreso e assustado”, comentou. “Não conheço Luiz Aquino, não conheço Ítalo Barione e não tenho relação com a prefeitura de Campinas”, garantiu. “Alguém faz um telefone, cita seu nome e fico envolvido. Não está certo isto”, completou o empresário, que disse não lembrar qual foi a última vez que esteve em Campinas e que sua defesa adota as providências cabíveis em relação ao assunto.

O caso - O relatório por quatro promotores do Gaeco em São Paulo pede ordem judicial de prisão contra 20 suspeitos. Entre os presos estão nomes da chamada “República de Corumbá”. Ricardo Chimirri Cândia, ex-prefeito de Corumbá, que era diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas, e Aurélio Cance Júnior, ex-diretor da Sanesul e que também foi diretor da Sanasa.

Francisco de Lagos, que foi secretário de Cultura em Campo Grande, na prefeitura de Lúdio Coelho e também foi presidente da Fundesporte no governo Pedro Pedrossian, e exercia o cargo de secretário de Comunicação em Campinas, é tido como foragido.

Segundo informações da imprensa campinense, a exoneração de Lagos do cargo de coordenador de Comunicação foi publicada no Diário Oficial do Município de Campinas de hoje.

Ricardo Cândia e Aurélio Cance Júnior devem depor nesta terça-feira no 2º Distrito Policial de Campinas.

As suspeitas sobre as fraudes que desencadearam a operação na semana passada foram reveladas em setembro de 2010 após operação do Gaeco, que prendeu uma quadrilha que fraudava contratos em diversas prefeituras, como Indaiatuba, Hortolândia e Campinas. O esquema teria gerado prejuízo de R$ 615 milhões aos cofres públicos dos municípios.
Por Campo Grande News

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Veja as regras para o Enem deste ano

MEC divulgou o edital do exame nesta quinta; inscrições começam na próxima segunda

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) divulgou nesta quinta-feira (19) o edital do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. As regras para o exame estão disponíveis na íntegra nas páginas 40,41 e 42 do Diário Oficial da União.

A nota do desempenho do Enem pode ser usada para programas de políticas afirmativas como ProUni (Programa Universidade para Todos), Sisu (Sistema de Seleção Unificada), como parte da composição final da nota de processos seletivos de diversas universidades, além de ser um indicativo da qualidade do ensino médio do país, já que é aplicado em todos os Estados brasileiros.

O período de inscrições, segundo o edital, começa às 10h da segunda-feira (23) e vai até o dia 10 de junho. É preciso preencher o formulário pela internet e pagar a taxa de R$ 35 em qualquer agência bancária – estudantes de escolas públicas e de família de baixa renda podem participar do programa de isenção de taxa.

Todos os participantes devem informar obrigatoriamente os números do CPF (Cadastro de Pessoa Física) e documento de identidade no ato da inscrição.

Provas

As provas acontecem nos dias 22 e 23 de outubro, como já adiantado pela presidente do Inep, Malvina Tuttman, na última quarta-feira (18). O cartão de confirmação de inscrição, com data, hora e local onde será realizado o exame, bem como a opção de língua estrangeira feita pelo aluno, será enviado pelos Correios.

Serão aplicadas quatro provas objetivas com 45 questões de múltipla escolha cada, mais uma redação. As questões cobradas serão de quatro áreas: ciência da natureza e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; linguagem, código e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

O exame será dividido em dois dias – o primeiro com quatro horas e meia de duração e, o segundo, com cinco horas e meia. O início das provas está marcado para as 13h e recomenda-se chegar com uma hora de antecedência, às 12h, quando abrem os portões. É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto - RG, certificado de reservista, passaporte ou carteira nacional de habilitação.

De acordo com o edital, o estudante só poderá começar a prova após ler as instruções contidas no caderno de questões, no cartão resposta e na folha de redação. Só será permitido o uso de caneta preta fabricada em material transparente.

Proibições

Como nos anos anteriores, o uso de celular e qualquer aparelho eletrônico continua proibido, assim como a entrada com esses objetos na sala de prova. Lapiseiras, lápis, borrachas, livros, manuais, impressos, anotações, óculos escuros e qualquer dispositivo eletrônico como máquina calculadora, pen drive, agenda eletrônica ou similares, smartphones, tablets, mp3 ou qualquer outro tipo de receptor ou retransmissor de dados e mensagem.

Os cadernos de provas serão separados por cores e o aluno deverá marcar em seu cartão-resposta a cor da prova recebida.

Resultados.

O gabarito do exame será divulgado no site do Inep até o terceiro dia útil após a realização das provas. Para verificar os resultados individuais, os participantes devem informar o número de inscrição ou do CPF e de sua senha na internet. Mais informações no edital do Enem.

Por R7

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Efeito sanfona e magreza excessiva prejudicam aparência e autoestima

Manter o peso ideal não é tarefa fácil. Várias pessoas sofrem com o efeito sanfona, processo em que a pessoa engorda e emagrece constantemente, e outras são as chamadas “magras de ruins”, que comem de tudo e não conseguem ganhar peso, curvas e músculos a ponto de se sentirem satisfeitas com o próprio corpo.

Para falar desses dois problemas, que não prejudicam apenas a aparência, mas também a autoestima, o Bem Estar desta segunda-feira (16) recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e o infectologista Caio Rosenthal, ambos consultores do programa.

Os médicos explicaram como funcionam o metabolismo e o hormônio da saciedade, por que alguns comem muito e não engordam e quais os perigos que um indivíduo muito magro pode correr em uma internação, por exemplo.

E, na tentativa de emagrecer, algumas pessoas chegam a guardar roupas antigas para caber nelas novamente. Foi o que mostrou a repórter Marina Araújo.

No estúdio, também estiveram o diretor de operações Vitório Buongiorno, de 56 anos, e o estudante universitário Maurício Perez, de 21 anos, que têm diferenças de peso e metabolismo. O gasto calórico que o primeiro precisa para se manter vivo (deitado ou parado), o chamado metabolismo basal, é de 2.995 calorias por dia, contra 2.224 do segundo.

Como Vitório queima menos gordura, armazena mais essa substância. Ele tem um índice de massa corporal (IMC) 25, que indica sobrepeso. Já Maurício tem um IMC 15, ou seja, abaixo do ideal – e quer engordar. Sua idade real é de 26 anos (é sedentário), e a de Vitório é de 70 (é sedentário e está com o colesterol no limite).

Os dois simularam uma refeição à noite, em casa, e se serviram com o que havia na geladeira do Bem Estar.

Cientistas britânicos, em um estudo publicado na revista Nature Genetics, descobriram um gene ligado à diabetes e ao colesterol que funciona como um interruptor e controla o metabolismo da gordura no corpo, influenciando características como IMC, grau de obesidade e níveis de insulina e glicose.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Projeto de Lei engavetado poderia evitar a suposta venda de casas populares na Capital

Projeto de lei proposto dois anos atrás, o de número 6.621/09, de autoria do vereador Carlão (PSB) que está na gaveta poderia ter evitado suposto esquema de venda de casa denunciada pelo ex-assessor parlamentar Celso Roberto Costa, com conhecido como Mário Covas.

O suposto esquema teria ocorrido em Campo Grande e posto em prática no gabinete e numa produtora que prepara o programa de tevê do vereador Vanderlei Cabeludo, do PMDB, que nega a acusação.

O denunciante foi preso na semana passada, dois dias após conceder entrevista acerca do caso. Ele teria, segundo a Polícia Civil, tentado extorquir R$ 8 mil do vereador e, em troca, tiraria as acusações.

O projeto de lei de Carlão acrescenta dispositivos à lei n° 3.429, de 24.12.97 (Dispões sobre a política municipal de habitação, e da outras providências).

Segundo o texto da lei, “as pessoas habilitadas aos lotes e habitações de interesse social de que trata este artigo, serão contempladas mediante sorteio público, a ser realizado pela EMHA em local e horário previamente determinado, devendo ser publicado Edital de Sorteio no DIOGRANDE e nos jornais diários, de grande circulação, no mínimo 03 (três) dias seguidos, nos últimos 05 (cinco) dias anteriormente a data de realização do evento.”

O vereador explica que antes de fazer esse sorteio em praça pública será constituída uma Comissão composta com membros representantes da Agência Municipal de Habitação (Emha), Câmara Municipal de Campo Grande, da instituição financiadora do empreendimento, Representante do Sindicato da Habitação (SECOVI) e representantes de Entidades do Movimento Comunitário.

Carlão explica ainda que para dar mais lisura no sorteio serão convidados para acompanhar o processo um representante da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB-MS) e um do Ministério Público Estadual (MPE).

De acordo com a justificativa do parlamentar, esse processo teria como fundamento que as pessoas habilitadas concorram por um único critério, evitando-se desta forma, comentários maledicentes de manipulação das inscrições para beneficiar esse ou aquele cadastrado e até acusações pela imprensa de venda de imóveis, fatos esses que quando noticiados, terminam por atingir a imagem da Administração Municipal, diante das dúvidas que tais acusações provocam na opinião pública. .

Coibirá ainda que elementos inescrupulosos utilizem as brechas da lei que instituiu a política habitacional desta Capital, para vender facilidades com o intuito de auferir vantagens, como aconteceu com o noticiado “Golpe da Casa Própria” ocorrido recentemente, lesando centenas de pessoas e atingindo o programa habitacional do Estado de Mato Grosso do Sul.

Carlão argumenta ainda que com esse processo de sorteio em praça pública evitará que pessoas há vários anos inscritas, permaneçam na expectativa de uma moradia, sem que o “o sonho da casa própria”, se concretize.

Segundo o parlamentar, o projeto prevê ainda percentual de casas a serem destinadas a idosos e portadores de deficiência.Carlão revelou que irá apresentar mudanças no projeto de lei para garantir um percentual de casa para diferentes casos.

Carlão explicou que já recebeu vários pedidos para que ele favorecesse pessoas com casas já que ele faz parte da Comissão de Habitação da Casa de Leis.

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Paulo Siuffi(PMDB), disse que vai tomar as devidas providencias para que o projeto trâmite o mais rápido possível e que esteja em pauta para a apreciação dos vereadores.

Por Midiamax

sábado, 7 de maio de 2011

Americanas, Submarino e Shoptime vão à Justiça contra pacto do ICMS

O grupo que controla a Americanas.com, Submarino e Shoptime , a B2W também anunciou que entrará na Justiça contra cobrança de ICMS por Estados,como Mato Grosso do Sul.

A empresa diz que questionará 18 Estados e o Distrito Federal,que assinaram pacto para redistribuição do imposto, que antes era pago apenas para o estado onde ficava acentral de distribuição de produtos.

A medida tenta barrar a decisão porque Rio de Janeiro e São Paulo, que não integram o pacto, continuam retendo o imposto e as empresas são tributadas duas vezes -nos Estados de origem e de destino da mercadoria.

As Justiças do Amapá e do Distrito Federal (onde a cobrança ainda não começou) já concederam liminar favorável à B2W. A assessoria de imprensa do grupo afirmou que a empresa não comenta processos em andamento.

Outras lojas do setor, como a Ricardo Electro, também decidiram entrar na Justiça assim que os Estados iniciem a cobrança.

O protocolo 21 foi assinado em abril e começou a valer no último domingo. Desde então, pelo menos quatro Estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia) iniciaram as cobranças.

Acre, Alagoas e Sergipe ainda não estão retendo o imposto e não têm previsão de quando a medida entrará em vigor. A Secretaria da Fazenda do Acre afirmou, via assessoria, que o decreto foi assinado apenas para pressionar Rio e São Paulo e que não pretende iniciar a cobrança.

Nesta semana o Ponto Frio, uma das gigantes do comércio virtual, foi à Justiça pedindo a suspensão da medida, em vigor desde domingo, dia 1º de maio.

O mandado de segurança foi impetrado na segunda,feira, dia 2, primeiro dia útil após o início da medida. Na terça-feira, o desembargador João Batista da Costa Marques negou a liminar.

(informações da Folha On line).

Por Campo Grande News

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Maioria dos ministros do STF reconhece união homossexual

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quinta-feira (5) a favor do reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo. O placar está oito votos a zero em favor da união entre homossexuais.

Faltam ainda os votos de outros três ministros - o ministro Dias Toffoli se declarou impedido de votar porque, quando era advogado-geral da União, se manifestou publicamente sobre o tema.

É preciso aguardar a decisão final porque os ministros ainda podem mudar de opinião até o fim do julgamento.

O tribunal analisa duas ações sobre o tema, uma proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e outra pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

O julgamento foi iniciado nesta quarta (4) quando o relator dos processos, ministro Ayres Britto, votou a favor do reconhecimento da união estável entre casais do mesmo sexo. Nesta quinta, a sessão foi retomada com o voto do ministro Luiz Fux, que acompanhou o relator.

Para Fux, não há razões que permitam impedir a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele argumentou que a união estável foi criada para reconhecer “famílias espontâneas”, independente da necessidade de aprovação por um juiz ou padre.

“Onde há sociedade, há o direito. Se a sociedade evolui, o direito evolui. Os homoafetivos vieram aqui pleitear uma equiparação, que fossem reconhecidos à luz da comunhão que têm e acima de tudo porque querem erigir um projeto de vida. A Suprema Corte concederá aos homoafetivos mais que um projeto de vida, um projeto de felicidade”, afirmou Fux.

Julgamento
Os ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes argumentaram a favor de conferir às uniões homoafetivas o mesmo regime jurídico das relações entre heterossexuais.

“Aqueles que fazem a opção pela união homoafetiva não podem ser desigualados da maioria. As escolhas pessoais livres e legítimas são plurais na sociedade e assim terão de ser entendidas como válidas. (...) O direito existe para a vida não é a vida que existe para o direito. Contra todas as formas de preconceitos há a Constituição Federal”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.

“Estamos aqui diante de uma situação de descompasso em que o Direito não foi capaz de acompanhar as profundas mudanças sociais. Essas uniões sempre existiram e sempre existirão. O que muda é a forma como as sociedades as enxergam e vão enxergar em cada parte do mundo. Houve uma significativa mudança de paradigmas nas últimas duas décadas”, ponderou Joaquim Barbosa.

Para o ministro Ricardo Lewandowski, a união estável entre pessoas do mesmo sexo cria um novo tipo de família, que merece a proteção do Estado. No entanto, ele fez uma ressalva ao afirmar que os direitos da união estável entre homem e mulher não devem ser os mesmos destinados aos homoafetivos. Um é o casamento civil.

“Entendo que uniões de pessoas do mesmo sexo, que se projetam no tempo e ostentam a marcada da publicidade, devem ser reconhecidas pelo direito, pois dos fatos nasce o direito. Creio que se está diante de outra unidade familiar distinta das que caracterizam uniões estáveis heterossexuais”, disse Lewandowski.

O ministro Gilmar Mendes acompanhou o voto do relator, mas afirmou que não caberia, neste momento, delimitar os direitos que seriam conseqüências de reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo. “As escolhas aqui são de fato dramáticas, difíceis. Me limito a reconhecer a existência dessa união, sem me pronunciar sobre outros desdobramentos”, afirmou.

Para Mendes, não reconhecer o direitos dos casais homossexuais estimula a discriminação. . “O limbo jurídico inequivocamente contribui para que haja um quadro de maior discriminação talvez contribua até mesmo para as práticas violentas de que temos noticia. É dever do estado de proteção e é dever da Corte Constitucional dar essa proteção se, de alguma forma, ela não foi engendrada ou concedida pelo órgão competente”, ponderou o ministro.

Precedente
Caso o resultado prevaleça e o Supremo reconheça a união estável entre casais gays, a decisão criará um precedente a ser seguido por todas as instituições da administração pública, inclusive pelos cartórios de todo o Brasil. Direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária passariam a ser assegurados a casais de pessoas do mesmo sexo.

Pelo voto de Ayres Britto, a decisão do tribunal sobre o reconhecimento da relação entre pessoas do mesmo sexo pode viabilizar inclusive o casamento civil entre gays e a adoção, que são direitos garantidos a casais em união estável. Isso só acontecerá se o voto do relator for seguido pela maioria dos integrantes da Corte.

A diferença é que a união estável acontece sem formalidades, de forma natural, a partir da convivência do casal, e o casamento civil é um contrato jurídico formal estabelecido entre suas pessoas.

Duas ações
O plenário do STF começou a analisar nesta quarta duas ações, de relatoria do ministro Britto, propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

A primeira, de caráter mais amplo, pede o reconhecimento dos direitos civis de pessoas do mesmo sexo. Na segunda, o governo do Rio quer que o regime jurídico das uniões estáveis seja aplicado aos casais homossexuais, para que servidores do governo estadual tenham assegurados benefícios, como previdência e auxílio-saúde.

Por G1

terça-feira, 3 de maio de 2011

Alexandre Nardoni tem pena reduzida

A 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça negou, na manhã desta terça-feira (3), por votação unânime, o recurso impetrado pelos advogados de Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Os dois foram condenados em março do ano passado pela morte da filha dele, Isabella Alves Nardoni, de 5 anos.

Os desembargadores rejeitaram as preliminares e reduziram a pena de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, em quase 11 meses. A pena de 31 anos, um mês e dez dias de prisão foi reduzida para 30 anos, dois meses e 20 dias.

Já a pena de Anna Carolina Jatobá foi mantida em 26 anos e oito meses. Este é o último recurso em andamento na Justiça estadual.

Segundo o relator, desembargador Luis Soares de Mello Neto, "não se está dando benefício ao réu, mas correção em ligeiro equívoco de cálculo da pena inicial".

Da sessão de julgamento desta terça-feira participaram também os desembargadores Euvaldo Chaib Filho e Eduardo Braga.


O caso

Nardoni foi preso sob a acusação de ter matado a própria filha, Isabella, ao jogá-la da janela do quinto andar do apartamento onde moravam, na zona norte de São Paulo. Sua mulher e madrasta da criança, Anna Carolina, foi acusada de participação no crime, ocorrido em março de 2008.

O pai da menina foi condenado a 31 anos, um mês e 10 dias de prisão por homicídio triplamente qualificado em regime fechado, além de oito meses de detenção em semiaberto por fraude processual qualificada.

A condenação de Anna Carolina foi semelhante: 26 anos e oito meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado, em regime fechado, além de oito meses de detenção em semiaberto por fraude processual qualificada.

Desde então, a defesa do casal Nardoni tenta reverter a decisão da Justiça. O último recurso foi negado em 21 de setembro do ano passado. O argumento era o chamado “protesto por novo júri”, ferramenta jurídica que possibilitava um novo julgamento para réus condenados a mais de 20 anos, mas extinta em 2008.
Por Correio do Estado

 
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