domingo, 29 de janeiro de 2012

Buscas por cinco desaparecidos acontecem de forma manual neste domingo

As buscas pelos cinco corpos que ainda estariam desaparecidos entre os escombros dos três prédios que desabaram no centro do Rio de Janeiro continuam neste domingo (29). Nem mesmo a chuva forte que caiu nesta manhã atrapalhou o trabalho dos bombeiros que atuam há mais de 90 horas sem parar.

A procura por desaparecidos acontece de forma manual na parte do edifício mais alto que continua de pé. O Corpo de Bombeiros trabalha com hipótese de que corpos ainda estejam presos aos escombros que restaram.

Os bombeiros também procuram vitimas nos vãos e dutos de ventilação de um prédio vizinho ao edifício Liberdade, o mais alto que desabou. Uma vistoria da Defesa Civil Municipal constatou que entulhos invadiram a construção de número 6 da avenida Almirante Barroso, o que reforça as suspeitas de que corpos teriam sido lançados para lá.

Além das buscas no local do acidente, os bombeiros vasculham os entulhos que foram levados para o terreno da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Um corpo e quatro partes de outros mortos foram encontrados no depósito. Em quase cinco dias de buscas, 17 corpos já foram encontrados.

Empresa para catalogar pertences

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que a prefeitura deve contratar uma empresa para fazer a separação dos documentos e objetos misturados aos escombros dos três prédios. Os entulhos estão sob proteção da Polícia Militar no terreno da Comlurb.

Paes disse que o trabalho de catalogação dos materiais só será realizado após a finalização das buscas pelos cinco corpos que ainda estão desaparecidos nos escombros. O prefeito lembrou que os entulhos ainda vão passar por uma perícia da Polícia Civil no inquérito que apura as responsabilidades criminais pelo desabamento.

- A prefeitura deve contratar uma empresa para fazer esse trabalho de separação. Já me reuni com a chefe da Polícia Civil para definir o momento para que as pessoas tenham acesso a esses materiais.

Câmeras de segurança para evitar furtos
A prefeitura instalou câmeras de segurança no terreno para onde são levados os escombros. O objetivo é preservar os objetos e pertences que estão misturados aos destroços e evitar possíveis furtos.

Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada na sexta-feira (27), revelou que quatro funcionários de uma empresa que prestava serviço para a prefeitura estavam revirando objetos pessoais em meio aos escombros que foram levados para a zona portuária. Depois disso, a triagem inicial do entulho que era feita nesta região foi suspensa e todos os escombros passaram a ser levados direto para depósito da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde as câmeras de monitoramento foram instaladas.

O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, disse que os quatro funcionários que foram identificados furtando os objetos já foram demitidos e terão que prestar esclarecimentos à polícia.

- Os escombros recolhidos estão sob a guarda da PM e sob a custódia da Polícia Civil. As câmeras ajudarão a reforçar a segurança no depósito da prefeitura.

A tragédia
Três prédios de aproximadamente 18, 10 e 4 andares desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida 13 de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Houve pânico e correria. Seis pessoas tiveram ferimentos leves. Mais de 20 ficaram soterradas. Um posto de informações para familiares de vítimas foi montado na Câmara dos Vereadores.

As causas da tragédia estão sendo investigadas. O prefeito Eduardo Paes, assim como alguns especialistas, minimizou a possibilidade de explosão. De acordo com avaliações preliminares de técnicos que trabalham no local, as causas teriam ligação com problemas estruturais.

A prefeitura informou que os três imóveis que desabaram estavam em situação regular e possuíam habite-se (ato administrativo que autoriza o início da utilização efetiva de construções ou edificações destinadas à habitação). O prédio de número 44 foi construído em 1940 e era constituído de 18 andares de salas comerciais, além de loja e sobreloja. Os imóveis de números 38 e 40 eram de 1938 e constituídos, respectivamente, por quatro andares de salas comerciais, e por dez pavimentos de salas comerciais, além de loja e sobreloja.

Equipes de diferentes órgãos, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Comlurb etc, trabalham na remoção dos escombros.

Por R7

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