segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Americano troca vida de empresário em Los Angeles para ser funkeiro no Rio

Nascido em Washington D.C., capital dos Estados Unidos da América, Alex Cutler passou boa parte dos seus 30 anos em Los Angeles, mas foi no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, onde mora desde 2008, que ele assumiu a identidade de Don Blanquito e começou a fazer sucesso como cantor de funk e hip-hop.

Atraído pelo ritmo agitado, o calor humano, as altas temperaturas, a culinária típica e as mulheres cariocas, o norte-americano não pensou duas vezes, largou a vida de empresário nos EUA e se mudou para o país para viver como um legítimo brasileiro.

Don Blaquito esteve no Brasil pela primeira vez em 2004 e foi amor à primeira vista.

- Eu estive aqui em 2004 de férias e me apaixonei. Voltei outras vezes e resolvi ficar depois que terminei minha faculdade. Gosto do ritmo e da cultura do carioca, das mulheres, das músicas, da comida, do tempo, do calor humano. Isso tudo não existe em nenhum outro lugar do mundo.

Além de cantor de funk e hip-hop, o norte-americano divide o seu tempo entre outras funções. Formado em administração, com especialização em turismo, ele dá aulas de inglês e de português para estrangeiros, além de ser guia turístico e de trabalhar com vendas.

- Eu já cantei hip-hop em inglês e em espanhol nos Estados Unidos por hobby, mas nunca tinha cantado em um show, ao vivo, para o público. Um amigo brasileiro me levou para fazer um show na Baixada Fluminense e foi quando tudo começou.

Depois de um período morando em Copacabana, Don Blanquito escolheu um outro cenário bem típico do Rio para viver com a namorada brasileira: o morro dos Tabajaras, favela ocupada pela polícia em Copacabana, na zona sul. Assim como canta em uma de suas músicas, Na Favela, ele sente saudade da família e dos amigos, mas não quer sair do lugar nunca mais.

- Meus pais me acham totalmente maluco. Eles não entendem a minha escolha. Tem muita gente que olha a favela como um lugar ruim, pobre e perigoso. Não conhecem o outro lado, o lado humano, rico e a alma das pessoas.

Íntimo da linguagem do carioca, o “amerioca” (mistura de americano com carioca), como ele mesmo se denomina, diz que a favela é “fechamento”, palavra usada como sinônimo de cumplicidade.

- Aqui [na favela], a galera fecha muito. Morei lá embaixo [na parte baixa de Copacabana] e não conhecia ninguém. Nenhum morador falava comigo. Eu gosto de morar aqui, me sinto parte da comunidade.

Músicas
As músicas do funkeiro americano retratam o dia a dia da favela e o olhar do turista sobre o Rio de Janeiro. Nas letras, Don Blanquito ressalta o bumbum grande das mulheres, como na música Mexe a Bunda, as praias, as bebidas e as comidas típicas do Brasil, além das grandes paixões nacionais, o Carnaval e o futebol.

O novo carioca faz shows em casas noturnas do Rio e da baixada. Ele sobe ao palco normalmente ao lado de duas dançarinas. E distribui um kit para o público com CD, camiseta e camisinha.

Por R7

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