Por Midiamax
O escândalo de corrupção envolvendo os três poderes em Mato Grosso do Sul está em destaque nacional na retrospectiva 2010 do portal Yahoo!, segundo website mais visitado da internet mundial. As denúncias de um suposto esquema de mensalão no Parque dos Poderes vazadas pelo próprio primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de MS, Ary Rigo, está na lista das dez maiores “Vergonhas Alheias” do ano.
A “farra da propina no Mato Grosso do Sul”, conforme citada pelo Yahoo!, ficou em 2º lugar entre as 10 vergonhas do ano. Também estão na lista episódios lamentáveis como as declarações preconceituosas contra garis do jornalista Boris Casoy, e micos internacionais, como a apresentadora de um concurso na tevê que anunciou o nome errado da vencedora, dando o prêmio para a segunda colocada.
Mas, nem mesmo os exageros de Silvio Santos nos galanteios que faz durante o programa dominical, ou a traição conjugal do golfista Tiger Woods, conseguiram ficar à frente das declarações do deputado sul-mato-grossense explicando detalhadamente, sem saber que era gravado durante uma operação da Polícia Federal, como era distribuído o dinheiro público entre membros dos três poderes em MS.
Segundo Rigo conta no vídeo estão implicados no esquema o governador do estado, André Puccinelli (PMDB), deputados estaduais, membros do Poder Judiciário e até do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul.
Farra da propina no Mato Grosso do Sul
Em uma série de vídeos divulgados pela Internet, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Ary Rigo, 63 anos, revelou como seria a corrupção entre os três poderes sul-mato-grossenses.
O diálogo foi gravado pelo ex-chefe de governo da Prefeitura Municipal de Dourados, Eleandro Passaia, durante a Uragano, operação da Polícia Federal que pôs 28 pessoas na cadeia, entre elas o prefeito de Dourados, Ari Artuzi.
Nas imagens, o primeiro-secretário da Mesa Diretora da ALMS, que justamente lida com o dinheiro do parlamento estadual, diz que a Assembleia repassa R$ 2 milhões por mês ao govenador André Puccinelli (PMDB), e ainda que pagaria ao Ministério Público Estadual para arquivar uma investigação. Até um desembargador do TJ-MS estaria na folha de pagamento do mensalão.
O caso gerou escândalo estadual e nacional, mas pouco foi feito até agora. Apesar dos protestos de diversas entidades, não houve apuração das prestações de contas da Assembleia e nem o sigilo fiscal e bancário do parlamento estadual foi aberto.
Pizza à vista
Nem um prazo dado pelo MPE, também envolvido nas denúncias, para que a Assembleia apresentasse documentos, foi respeitado. A ALMS perdeu a data limite, conseguiu mais tempo e Rigo, que não foi reeleito, chamou a imprensa para dizer que era tudo mentira o que disse quando não imaginava que estava sendo gravado.
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), após tomar conhecimento das denúncias, classificadas como "muito graves" pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, antecipou uma vistoria no judiciário sul-mato-grossense. A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, esteve em MS, levou muita documentação, que inclui até cheques nominais emitidos por deputados estaduais, e disse à imprensa que estava convencida da existência do mensalão em MS.
Mesmo assim, poucos dias após, denúncias relacionadas a membros do primeiro escalão de André Puccinelli já começaram a ser sumariamente arquivadas.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Corrupção nos poderes de Mato Grosso do Sul é destaque nacional na retrospectiva do Yahoo!
14:32
Manchetes de Campo Grande-MS
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Foto: reprodução web
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