segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Com obra em ponte, matança de jacarés continua no Pantanal mesmo após denúncias

Por Midiamax

A matança cruel de jacarés nativos continua no Passo do Lontra, região Pantaneira no município de Miranda. Os animais estão sendo abatidos para retirada do rabo (parte considerada mais macia para consumo) com mais freqüência nas proximidades da obra para construção da ponte de concreto na rodovia MS-184.

O caso foi denunciado ao Midiamax por moradores que estão indignados com a situação, pois, em alguns casos, os caçadores não abatem os jacarés para arrancar o rabo. O animal é dilacerado vivo e depois muitos acabam morrendo. Várias carcaças já foram encontradas pela região.

A reportagem entrou em contato com um guia turístico que também é de uma Ong, que trabalha na região do Passo do Lontra. Marcello Yndio se diz preocupado com a situação dos abates dos jacarés por motivos ambientais e também turísticos. “Estão praticando crueldade pura com os animais. Além disso, isto fica muito desagradável para o Estado, uma vez que muitos turistas nacionais e estrangeiros acabam presenciando as cenas de carcaças”, avalia.

Marcello Yndio afirma que em certos questionamentos dos turistas acaba não sabendo o que responder, pois não sabe até que ponto a matança dos jacarés pode ganhar repercussão internacional. “Eu procurei a Fundação Estadual de Turismo e fiz a denúncia. Agora espero que alguma providência seja tomada”, apela.

Quando o Midiamax publicou a denúncia, no dia 26 de novembro, entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar Ambiental, que fica em Campo Grande. Na oportunidade foi informado que seria realizada uma busca dos possíveis caçadores de jacarés. Desta vez a assessoria informou que ninguém foi flagrado e que os militares têm certa dificuldade em localizar os autores porque, normalmente eles agem a noite. O ideal, pede a PMA, é que os moradores indiquem os suspeitos.

Penalidades

A Polícia Militar Ambiental (PMA) alerta que o abate de animais silvestres acarreta em multa de R$ 500 por animal, caso não seja de espécie em extinção e se for considerado extinto a multa é de R$ 5 mil. A detenção pode ser de seis meses a um ano.

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