Por Folha
Balanço divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) às 21h aponta que dos 2.340 voos domésticos programados desde a 0h, 923 sofreram atrasos acima de 30 minutos --o que representa 39% do total. No mesmo período, 101 voos foram cancelados. (Foto ao lado - Fiscais da Anac circulam pelo saguão do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, no inicio da manhã).
Entre os dez maiores aeroportos, havia mais atrasos no aeroporto Tom Jobim (Galeão), onde mais da metade dos voo domésticos programados --52%-- estavam atrasados. Ainda houve dois cancelamentos.
No aeroporto de Guarulhos (Grande SP), 100 dos 196 voos domésticos atrasaram, o que representa 51%. Em Congonhas, na zona sul de São Paulo, foram registrados atrasos em 110 dos 230 voos --48%. 31 voos foram cancelados no aeroporto.
PARALISAÇÃO
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou que os aeroviários estão fazendo um protesto no Galeão que deve durar até a 0h. Segundo ela, o objetivo é fazer uma paralisação de 20% dos funcionários.
O protesto leva em conta a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), diz Balbino, que obriga a manutenção de um efetivo de 80% dos trabalhadores do setor aéreo.
Uma outra decisão, da Justiça Federal do Distrito Federal, proibiu a organização de qualquer greve em todo o país até 10 de janeiro, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento. Balbino disse que não havia sido notificada de qualquer decisão judicial.
A presidente afirma que serão feitas manifestações semelhantes nos aeroportos de Confins, em Minas; Salvador, na Bahia; e Brasília, no Distrito Federal. De acordo com o balanço da Infraero, Confins registrava 35% de voos atrasados; Salvador, 50%; e Brasília, 48%.
GREVE
A ameaça de greve dos funcionários começou após impasse nas negociações do reajuste salarial. No início da negociação, as empresas queriam apenas repor a inflação --calculada em 6% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)-- e oferecer ganhos reais somente a partir de abril. Os aeroviários (trabalhadores em terra) pediram reajuste de salários de 13% e um percentual ainda maior, de 30%, para os que recebem o piso. Os aeronautas aeronautas (pilotos e comissários) queriam aumento de 15%.
Após reunião hoje, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste de 8% e desistiu, por enquanto, de mudar o dissídio (negociação de reajuste salarial) de dezembro para abril. A greve foi suspensa pelos funcionários, mas um acordo ainda não foi fechado.
Foto: Folhapress
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Apesar da suspensão da greve, atrasos atingem 39% dos voos
21:35
Manchetes de Campo Grande-MS
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