Aulas de aperfeiçoamento reúnem, até o dia 27, cerca de 100 alunos de balé
Os pequenos pés de Izabella Batista dos Santos, de 10 anos, saem do chão para, em seguida, voltarem a tocá-lo. O movimento é repetido inúmeras vezes até que o som do impacto das sapatilhas se torne o mais discreto possível. Apesar da pouca idade, a estudante de Brasília já carrega uma certeza: quer se tornar uma bailarina profissional. O interesse pela dança fez com que, em plenas férias escolares, a garota trocasse a televisão ou as bonecas por seu aperfeiçoamento.
E Izabella não está sozinha. Cerca de 100 estudantes de balé, meninas e meninos, com idade média de 15 anos, estão aproveitando o recesso para aprender novos passos em um curso intensivo, que vai até o dia 27 deste mês. Desde terça-feira, sapatilhas, collants e um intenso burburinho tomaram conta de uma academia de dança na Avenida Imirim, em Santana, na zona norte. Por todos os lados, jovens testam seu equilíbrio na ponta do pé enquanto esperam a próxima aula.
Com metodologia russa, o destaque da programação é a presença de professores da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, única escola da consagrada companhia fora da Rússia. Além dos aprendizes, os professores de balé também contam com aulas específicas para eles.
Coordenador, ao lado da bailarina Stefania Petry, dessa segunda edição do curso, Erick Silva, de 33, explica que a ideia é reunir aulas práticas e teóricas para estudantes de balé de qualquer idade, sempre em janeiro. No primeiro dia de aula, os participantes foram divididos de acordo com seus conhecimentos. "Aceitamos alunos de qualquer nível", explica ele, que começou a estudar balé aos 8 anos, no Recife. "Acredita que foi por causa de uma menina que eu paquerava? Depois, meu desejo pela dança despertou", revela ele.
Professores convidados, Larissa de Araújo, de 39 anos, e seu marido Denys Nevidomyy, de 40, vieram de Joinville (SC) para ministrar as aulas. O casal se conheceu em Kiev, na Ucrânia, terra natal de Nevidomyy, durante o período em que os dois dançaram no Teatro Nacional da Ópera de Kiev. Já no Brasil, Nevidomyy deu aula até o ano passado no Bolshoi, onde atuou por dez anos. Larissa segue no quadro de professores. "Dou aulas lá desde que a escola abriu. É emocionante ver, por exemplo, a Bruna Felício, que foi nossa sementinha e hoje também é professora", diz Larissa.
Bruna entrou na segunda seleção para o curso do Bolshoi no Brasil, em 2001. Formada, Bruna, aos 21 anos, dá aulas na própria escola da companhia para pequenos, que, como ela, são encantados pela dança. "No ano em que a escola abriu, tentei, mas não passei no teste. Fiquei triste, mas fui fazer aulas de jazz. A minha professora me indicou e deu certo", lembra ela. Agora, é esperar para que novas sementinhas comecem a florescer. As informações são do Jornal da Tarde.
Por O Estadão
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Estudantes brasileiras de balé fazem curso com professores do Bolshoi
18:50
Manchetes de Campo Grande-MS
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