quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Leishmaniose tem tratamento


É o que dizem alguns veterinários, como Maria Lucia Metello e Priscila Pegoraro. Se o cachorro adquire a tão malfadada leishmaniose, doença infecciosa não contagiosa que acomete animais e humanos, já é possível entrar em contato com alguns veterinários da capital e solicitar tratamento.

De acordo com a doutora Priscila Pegoraro, o tratamento depende dos resultados dos exames de cada animal. Primeiramente, todos os veterinários orientam dois exames para diagnosticar a sorologia da leishmaniose (o segundo é chamado 'contra-prova'). Sendo os dois resultados positivos, Priscila solicita um exame bioquímico, para analisar como estão os órgãos do cachorro (fígado, pulmão e rins). É com base nesta análise, seguido de um hemograma, que ela procede com as medicações a serem inseridas na rotina do animal. Outro fator a ser tratado também são as feridas que a doença pode deixar no animal. Claro que, constatada a doença a tempo, evita-se a proliferação dessas feridas.

Os profissionais no tratamento da leishmaniose deixam claro que é uma doença que não tem cura. O parasita é um protozoário do gênero Leishmania, transmitido pelo mosquito-palha (flebótomo), e uma vez adquirido, não sai mais do animal. Mas o que pode ocorrer é uma "incubação" do parasita, ou seja, ele fica estagnado no organismo do cachorro, chegando até mesmo a dar sorologia negativa no exame. Quando isso acontece, pode-se dizer que um mosquito-palha que picar este animal, não será mais contagiado pela leishmaniose, assim portanto não irá transmitir a doença a outros animais ou humanos.

As medicações recomendadas pelos veterinários são: Alopurinol, Cetoconazol, Levamizol, Vitamina A, Zinco, Aspartato de L-Arginina e Prednisona. Mais informações podem ser encontradas no site www.fielamigo.com.br/trata.

A doutora Maria Lucia Metello enfatiza que a eutanásia em cães portadores de leishmaniose em nada ajuda na diminuição da proliferação da doença. Até porque é um mal que acomete não só cães, gatos e humanos, mas também galinhas, porcos e cavalos. O ideal seria o governo disponibilizar vacinas gratuitas, e um tratamento eficaz no combate ao mosquito flebótomo. A equipe do Manchetes de Campo Grande tentou entrar em contato com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para saber como a prefeitura está trabalhando na prevenção da leishmaniose. Mas a assessoria de comunicação da prefeitura repassou que o CCZ não tem falado mais a respeito deste assunto, devido a uma ação cível que o Abrigo dos Bichos levantou contra o CCZ (veja mais na matéria Abrigo dos Bichos).

A população se divide sobre esse assunto. O maior medo é de possuir um animal portador de leishmaniose e por isso ser risco de contágio a crianças, por exemplo. A isso, doutora Priscila esclarece que, além da medicação, o dono deve continuar se precavendo do ataque do mosquito-palha através de telas nas janelas, plantas da espécie citronela e repelentes. Esses cuidados devem ser tomados por todas as pessoas, pois um mosquito contaminado pode carrear a leishmaniose por um raio de até 1.500 metros.

Mirelle Canazilles tem em casa 15 cachorros. Perguntada sobre o que faria se descobrisse a leishmaniose em algum dos seus bichos, ela responde que procuraria medicá-lo, contanto que sua saúde ainda estivesse bem. Já Ivy Ferreira acredita que o tratamento é um risco, e faria a eutanásia no caso de uma sorologia positiva no seu único cachorro.

Fotos: divulgação da internet, e site www.fielamigo.com.br

2 comentários:

Unknown disse...

Adorei essa notícia.Concordo plenamente em não fazer eutanásia se o animal não oferece riscos.O meu cachorro faz tratamento de leishmaniose a 3 anos,e não abrimos mão de dar essa qualidade de vida a ele. A maioria das pessoas, as vezes por ignorância ou falta de condições,entregam seus cachorros ao CCZ pelo simples fato de serem comunicados q seus animais estão infectados. Existem animais sem nenhum sintoma da doença q são levados pelo CCZ. Pessoal,faça uma contra-prova, vá a um veterinário, e não vem com essa q não tem dinheiro para pagar um , pq existem locais q atendem gratuitamente. E o tratamento é feito com remédio manipulado e não é caro. É acessivel. Gastamos dinheiro com tanta bobeira,q gastar uns 30,00 com quem amamos não é nada. Denise/MS

Unknown disse...

Denise, seu comentário me deixou tão contente. Por favor, me diga que remédio é este que vc usa, estou com duas cadelas doentes e já perdi uma, estou desesperada e não tenho condições financeiras para tratentes caros.
3 anos e estão bem?! Nossa, vc me deu uma grande esperança.

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