quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Farmácia fechada pela Vigilância Sanitária funcionava sem farmacêutico na Capital

Por MS Record

Hoje pela manhã uma farmácia na avenida Tamandaré, região da Vila Planalto, foi fechada na Capital. Os policiais efetuaram a interdição depois que constataram a falta de farmacêutico habilitado para trabalhar no local, conforme determina a lei.

Mas, o problema ainda maior veio através por meio de denúncias feitas por médicos. Eles já teriam atendido pacientes com seqüelas de injeções mal aplicadas. No fim da manhã, policiais da delegacia do consumidor e agentes da vigilância sanitária lacraram novamente a drogaria.

Irregularidade

Para qualquer farmácia funcionar, é necessário ter um profissional habilitado, no caso um farmacêutico, que responda pelo estabelecimento. O dono, Joaquim Jorge de Alencar, de 49 anos, alega que tem duas profissionais contratadas, mas no momento da inspeção, não havia ninguém.

Além disso, existem denúncias contra o estabelecimento. Vários pacientes dizem que o próprio dono estaria aplicando as injeções sem ser farmacêutico.

“Voltamos a fazer a inspeção, mas foi constado que no período da manhã não tem profissional farmacêutico. Tem na certidão, mas não está presente. Então agora nós estamos procedendo a interdição do estabelecimento com a aplicação da mult0a e posterior a isso, eles terão que apresentar novo profissional ou comprovar que têm em todos os horários de funcionamento para que nós possamos desinterditar”, disse o chefe do serviço de fiscalização de medicamentos da Vigilância Sanitária, Antônio Carlos dos Reis Cardoso.

Reincidência

No dia 23 de novembro do ano passado, a farmácia ficou quase três semanas lacrada, mas o dono conseguiu reabri-la, alegando ter contratado duas profissionais farmacêuticas, mas da mesma maneira que aconteceu hoje, nenhuma delas foi encontrada no local. Na época, o estabelecimento voltou a ser fechado.

“Este estabelecimento já havia sido interditado pela Vigilância Sanitária Municipal tendo em vista a falta de farmacêutico responsável. A presença da equipe aqui ocorreu tendo em vista denúncias de que o proprietário aplicava as injeções sem qualquer receituário médico, e consequentemente, em dois casos já documentados, as pessoas passaram mal e foram atendidas no posto de saúde do bairro, na Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida”, afirmou o delegado, Adriano Garcia que esteve no local.

Interdição

A interdição da drogaria foi uma ação em conjunto entre a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), o Procon/MS, a Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Farmácia (CRF). A polícia já reuniu provas contra o proprietário da farmácia.

A equipe do MS Record 1ª edição ainda conseguiu entrar na farmácia. Dentro conseguiram flagrar o dono da drogaria falando ao celular. Depois, equipe foi proibida de permanecer no interior, por uma pessoa ligada ao estabelecimento.

A polícia recebeu ainda, denúncias de prática de aborto na farmácia, o que não foi confirmado após inspeção da Vigilância Sanitária.

Depois de um tempo, o dono da farmácia, saiu sozinho em um carro e não quis falar com a imprensa. O proprietário e as farmacêuticas devem responder a processo administrativo.

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