O Sindicato dos Aeroviários de São Paulo iniciou uma paralisação nesta quinta-feira no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), pelo menos 20 trabalhadores circulavam pelo saguão do aeroporto, às 7h50, para apresentar ao público os motivos da paralisação. A Infraero contabilizava, até as 11h, 34 voos (42,5% do total) com atraso superior a 30 minutos. Outros sete voos (15%) foram cancelados.
A greve havia sido anunciada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac). Inicialmente, os trabalhadores pleiteavam aumento salarial de 13%, mas as empresas ofereceram 3%. Na última sexta-feira, o caso foi parar na Justiça do Trabalho. Na primeira audiência de conciliação, que ocorreu na segunda-feira, não houve acordo: os trabalhadores reduziram a reivindicação para 8%, enquanto as empresas subiram a oferta para 6,17%, que corresponde à variação da inflação.
Na tarde desta quinta-feira, sindicatos de aeroviários vão realizar assembleias em todo o País para decidir se entram em greve no fim do ano. "Não podemos aceitar um reajuste menor do que a inflação porque isso significaria que os trabalhadores ganhariam menos em 2012 do que recebem hoje. Também não abrimos mão do aumento real dos salários. As empresas aumentaram as passagens em cerca de 56%", afirmou o presidente da Fentac e do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, Celso Klafke.
Diante da ameaça de greve, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazem, impôs que pelo menos 80% dos aeronautas (funcionários de companhias aéreas que trabalham embarcados) e aeroviários (que trabalham em terra) estejam em seus postos de trabalho nos dias que antecedem os feriados de Natal e Ano Novo.
A decisão da Justiça Trabalhista atende, em parte, ao pedido do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que requereu percentual mínimo de 90% de trabalhadores ativos durante a greve. Nos outros dias, o presidente do TST determinou a presença de 60% dos trabalhadores das duas categorias para garantir as operações nos aeroportos.
Em caso de descumprimento da decisão pelos sindicatos dos trabalhadores, o ministro Dalezan acatou o pedido das companhias aéreas e fixou multa diária de R$ 100 mil.
Por Terra
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